
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Meg

Moonlight

Vanessa Pondé
Fragmento 1
Vanessa Pondé
Drink às escuras
Então vire a direita vá em frente e me esqueça
Eu vou susurrar adeus até que você ensurdeça
Se esse silêncio é uma tortura eu nem comecei
Você quer propostas pra uma noite escura mas eu nao farei
Você é tão egoísta
Sofre em suas mãos quem acredita
e ainda bem que eu sei jogar também
ainda bem que eu tenho coragem
Limão e gelo com algo que te aqueça
Não sinta o perfume,nao tenha ciúmes,não me peça
deixar o tempo correr sem ter que fazer planos
encontre outros jogos onde você não cometa tantos enganos
Você é tão egoísta
sofre em suas mãos quem acredita
e ainda bem que eu sei jogar também
ainda bem que eu tenho coragem
Eu adoro ironias quando escrevo as palavras
seu segredo é fingir que nunca está em casa
e os minutos preciosos vão te impedir de enxergar
mas mentindo no espelho aonde vai chegar?
Um brinde ao seu dom de disfarçar
Sublime e vulgar,subliminar
Ainda bem que está só de passagem
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Eu nunca soube fazer ironias
Vem você agora me dizer que eu sou especial demais
Nos seus dias banais
Vem você agora me pedindo pra ficar
Nem que seja um pouco mais
Meu amor,nosso amor acabou,foi embora
Meu amor,e é sem adeus e sem trilha sonora
E essa dor isso passa,passa em meia hora
Depois que você chora isso melhora
Se arrependeu?
Adeus!
Mas do final feliz voce nao faz parte
Nao sinto saudade nem sinto vontade de ser seu
Clichês de medo
Choros forçados
Falsos segredos
Abismos criados
Ironias
Clichês de medo
Choros forçados
Falsos segredos
Abismos criados
Nao sinto vontade de ser seu
Alarmes
destino segue lento, o momento não demora.
E agora?
acender essa luz que nao consegue mais brilhar
me perder nessa busca por um sol sem seu olhar
me faz mais forte,me aquece e entorpece
pensei que havia um pouco mais pra mim
É preciso ter coragem pra estar só de passagem.
Por isso às vezes decidir ficar é tão covarde.
atuar com a vontade de quem nunca esteve ali
se orgulhar por ter a capacidade de fingir
Calcular o futuro com a exatidão
de quem já perdeu e agora vê o quanto isso foi bom
as marcas me deram novas asase agora eu vou mais longe,bem mais longe
Se a ferida ainda ardevamos agir com verdade
pra que apertar alarmes se não é tão tarde assim?
Sinto a intensidade de te abraçar mais além
e me orgulhar por poder mas nunca precisar fingir
Veja:
http://www.youtube.com/watch?v=QCZ6PdiZIUA
Ouça:
http://www.purevolume.com/vanessapondez
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
Orquídea
Orquídea que nunca soube ser flor
No auge de sua inocência vulgar me cativa
Mas não quer me dar amor
Não tem culpa nem vontade, ou torpor
Traga seu trago, me ofusca com poucos verbos
Traga seu rosto e arranhe o meu gosto
Traga seu jeito, manifesto o meu desejo por meio de gracejos sem graça
Te dou as costas se queres,meu bem,sei que não quer ir além
Fecho as portas se pedes, amor, nunca quis o meu calor
Repouse sua consciência em meu colo, aqui você pode desfalecer sua mente sem se preocupar
Descanse sua alma em meus punhos que o suor da batalha vale a pena por seu ar
Orquídea que nunca soube ser flor
Nunca quis meu calor, orquídea
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Dois nós
(Vanessa Pondé)
Todas as vezes que você quiser partir
Não precisa me avisar, eu simplesmente vou sorrir e concordar
Todas as vezes que você quiser um sim
Nem precisa olhar pra mim, é só seguir adiante, é só ir
E eu não espero satisfações ou desculpas sem nexo
Longos refrões ou paixões e nem sexo
Eu estou longe, muito longe de nós dois
Eram dois nós
A voz voraz, demais. Demais
Mas me deixe em paz
(musica disponível no www.purevolume.com/vanessapondez )
Tango
Não faz mais parte de mim pensar em nós
Não pretendo me iludir mais uma vez
Satisfaz olhar pra trás e rir de ti
Dos deslizes, cicatrizes infantis
Te ganhar, te perder
Versos cansados de serem cantados sem voz alguma
Notas que gritam há horas, imploram e ninguém escuta
Tango e café me fazem lembrar
A canção clichê que fiz pra você
Não tenho fé, nem pretendo ficar
Não quero mesmo te surpreender
Às vezes ser fútil é bem mais racional
E o inútil é bem menos fatal
Prefiro ser vazio e frio agora
Do que chorar se você for embora
Pra te salvar
De todos os dias velhos
O pior foi não mentir
Reconheço a maior falha
Suportar te ver sorrir
Os presentes do passado
Que guardei em algum lugar
Hora efêmero ou inválido
Diz, quem vai me julgar?
Guardo na lembrança historias de memórias tristes
De um tempo que insiste em me torturar
Trago no fundo do peito um antigo apelo
Guardo o seu endereço, mas nunca vou lá
Eu queria só
Só eu vou ficar
Eu queria só
Só eu pra te salvar
Pra te salvar
Eu vou viver
Eu vou, eu vou viver pra te salvar
Eu não uso disfarces, eu só peço que se afaste
Eu não tenho saudades das verdades sórdidas
E de viver pra te salvar
Eu vou, eu vou viver
Pra te salvar
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
Sobre viver e guarda-chuvas

Era fim de tarde quando começou a chover, em poucos instantes a rua estampou-se de guarda-chuvas. Eram milhões deles, de todos os tipos: tortos, coloridos, velhos, vermelhos, transparentes... De repente enxerguei a calçada como um grande mosaico, um parque de diversão ou algo como Salvador Dali. Eu esperava o ônibus há uns quinze ou vinte minutos, e já era o suficiente pra ter ficado completamente molhada, mas eu não ligava, eu só tinha uma pergunta na cabeça: “Por que todas essas pessoas têm guarda-chuvas?” a resposta era meio óbvia, mas talvez não.
Cabelos, mochilas, crianças e envelopes. Homens e mulheres tentavam esconder tudo o que tinham sob seus preciosos guarda-chuvas, como se aquele objeto fosse uma benção, um escudo, e a chuva a ameaça.
“Não peça emprestada pra vizinha, compre já a sua sombrinha!”, ”Ainda bem que não deixei a minha em casa”, ”Vem logo, menino, tem espaço aqui em baixo... Não vá se molhar!”. Eu ouvia e não entendia qual era o problema em ficar, como eu, por algum tempo debaixo da chuva. Porque as pessoas se preocupavam tanto?
Era como se já tivessem saído de casa preparadas para o pior,deviam ter até lanternas em mantimentos em suas bolsas e bolsos, e eu lá, de alma lavada esperando o ônibus que poderia me levar para qualquer lugar. Desarmada.
Euforia juvenil, inconseqüência adolescente, não era nada disso. Acredite. Eu só não entendia o medo de viver que enxerguei nos olhares de todos naquele cenário, naquele lugar. Medo das coisas simples. Logo as pessoas, essas pessoas que dizem estar buscando a felicidade, justo as mesmas pessoas que cantam “Viver e não ter a vergonha de ser feliz”, por quê?
Incertezas?Insegurança?Vejo na dança dos dias, ouço no soar dos sinos que nem sempre tocam porque insistimos em mostrar que somos racionais, que sabemos o que fazer,que sabemos o que é certo e onde não se deve ir.
Como um cego e seu olhar anulando a expressão, meus amigos e irmãos se machucam tanto em vão... Querem entender as cores, analisar os amores, querem calcular canções como se fossem verbetes num dicionário arcaico,querem decifrar o mar como se todo mês fosse março.
Seria loucura se eu dissesse que ontem olhei as estrelas?Fiquei quase meia hora e não tentei consumi-las,eu simplesmente admirei,aceitei a beleza e o brilho delas, sem querer tornar artificial, sem pensar no capital, sem me trair.
Sintam, cantem e abracem. Digam mesmo, não disfarcem. Sejam mais de vocês mesmos, não precisa tanto medo, nem contar tanto segredo, não precisa se testar.
A vida é muito fácil, somos nós que complicamos tudo. Vamos acordar?
Vanessa Pondé
quinta-feira, 17 de julho de 2008

Agradecerei todos os dias pelas esperanças que viraram sonhos
pelos sonhos que hoje são reais
Se você me pedir pra te levar pra qualquer lugar
eu te pegarei pela mão com carinho e atenção
e te abracarei bem forte
Que sorte a minha,que sorte!
Aonde você quer ir?
O ritmo do seu coração me diz tantas coisas que mal consigo decifrar
mas são todas coisas lindas,sensações boas infindas
emoções tão infinitas e as palavras tão bonitas
que eu ainda não descubri...
Diz,aonde você quer ir?
Num cantinho do sofá eu te contei o quanto preciso de você
pra que os meus olhos continuem sendo espelhos dos seus
pra que eu possa sentir orgulho de como você sorri pra mim.
E sussura que eu existo pra você
E vai ser sempre,sempre assim
e me jura que sempre vai ser sem fim
meu amor,o céu,a cor,amor,o sim
E mesmo se eu vivesse para sempre
eu jamais conseguiria descrever
o arrepio no pescoço
a saudade na hora do almoço
o friozinho que dá na barriga
saber que a gente nunca briga
a alegria no rosto
ter o gosto do seu gosto
e seu perfume no corpo
é só nosso,isso é só nosso.
O ritmo do seu coração me diz tantas coisas que mal consigo decifrar mas são todas coisas lindas,sensações boas infindas emoções tão infinitas e as palavras tão bonitas que eu ainda não descubri... Diz,aonde você quer ir?
Te abraço bem forte e ouço : eu quero ficar aqui, agora que você chegou,nunca mais quero sair.

Era emoção,morava em vocês,nos dias de praia era tema de poema.
Era a intenção de acertar sempre,sempre no presente,
sempre para sempre.
A sensação de estar no espaço,sentir o universo aquecer a ponta dos seus dedos.
Era quase nada,era e nos bastava.
Quero quebrar camada por camada,quero te provar que nunca estive errada
nesse tempo todo em que você chorou
congelou
Congelou.
Protegia-se do vento e assim perdia-se por dentro
lisergia e momento,e assim perdia o tempo
atropelar,sem controlar
Quando você passa e nos sufoca
dá um nó na garganta
que fecha as portas.
Atropelar,acelerar.
Perto assim do mar,tudo mudou
era quente e congelou.
Congelou.

Clique no relógio e estamos aqui parados no tempo,eu não pertenço ao meu destino. Eu não.
Pausa prum cigarro e já não somos mais os mesmo,num piscar de olhos desconheço esse espelho.
Me dou as mãos quando tento não dizer adeus
isso não siginifica que me abandonei
Eu só queria escapar de mim,mas sempre estive do meu lado
Esse lugar é um pedaço
que nos trouxe de volta,de dentro
No descompasso da cidade gasto as solas dos sapatos,olho o céu,olho pro alto,asfalto
tão longe de um abraço, sentir falta e arrepender
Arrepender é aceitar perder
quando perder é não compreender
que já não cabe,não se pode ter
Correndo contra o ciclo,contra o fluxo,os sinais
as placas,os amigos,nada faz sentido mas
procura um pouco mais
Talvez se olhar pra trás
talvez se for sagaz
talvez se desistir das rimas
talvez se ouvisse as meninas
talvez se não fossem ciumes
talvez se cometesse crimes
E o melhor disso tudo
é que eu não entendo,ninguém entende
terça-feira, 15 de julho de 2008

Fechar os olhos
é tipo olhar pra dentro de si
ficar sozinho um pouquinho
às vezes não é tão ruim
eu procurei a mim
e encontrei seus verbos,minha paz
eu me entreguei a ti
e aceitei seus gestos,quero mais
Abrir os braços
é tipo: eu quero você AGORA
e quando o vento me toca
perco até as palavras,é de dentro pra fora
E tem quem não me entenda
tem quem me chame de louca
mas quando o vento me toca
vindo de sua boca
Dá pra sentir o chão estremecer sob os meus pés
dá pra entender porque te prometi pra sempre nós
dá pra lembrar mil vezes a primeira vez que toquei sua mão
e não me arrependo de nada
não me arrependo não
Perco as horas
ganho horas de saudade
Eu vou pra escola
mas ontem eu dormi tarde
tão juvenil, inocente?quem sabe...
você me viu em sua frente e...me abrace!
não tenho medo do que pode acontecer
não tenho medo,vai ser tão bom com você
Não tenho histórias dessas novas pra contar
escrevo agora só pra poder te mostrar
que eu não me canso,eu não enjôo,não enfraqueço
eu pago todos,eu pago e aceito o preço
e quer saber,meu bem?
tem me feito TÃO bem
e quer saber,meu bem?
eu quero ir bem mais além
e quer saber,meu bem?
Não quero nada de ninguém
vou te dizer,meu bem
É o coração que você tem
tão generoso,tão surpreendente
tão amoroso,tão quente
tão esplendoroso,tão inocente
tão "algo novo",tão meu somente
tão "venha logo",tão para sempre
tão ao meu modo,tão "vamos em frente"
do jeito que eu gosto
tão diferente
de tudo...
tudo
EU nasci pra dizer
eu AMO você
sexta-feira, 11 de julho de 2008

terça-feira, 8 de julho de 2008
ilusão - Stram
voce finge que é assim que deve ser
deixar pra depois aquilo que nao se consegue assim tao facil
o que nao se tem nas maos
eu me decepcionei
esperava mais do que um mediocre adeus
seu
tao fraco,ingrato
E agora que eu deixei pra tras
ninguem pode me convencer
E agora que eu nao quero mais
pode tentar,pode pagar pra ver
se voce ve a sua vida como um jogo
se voce quer fingir e enganar a todos
tao fraco,tao pouco
encare os fatos,abra seus olhos
senão será sempre ilusão
Eu nunca soube fazer ironias
nos seus dias banais
vem voce agora me pedindo pra ficar nem que seja um pouco mais
meu amor,nosso amor acabou vai embora
meu amor,e é sem adeus e sem trilha sonora
e essa dor isso passa,passa em meia hora
depois que você chora isso melhora
se arrependeu?adeus!mas do final feliz voce nao faz parte
nao sinto saudade nem sinto vontade
clichês de medo choros forçados
falsos segredos abismos criados
ironia
Intenso

vento,tempo,conteúdo
Corpos nus,minutos mudos
tons vermelhos no meu mundo
Eu que vejo as pessoasse perdendo assim,por dentro
percebi que é por que querem
dar sentido ao sentimento
Explicar,descrever formas
com canções,palavras,rosas
com refrões de ida e volta
com chavões,verdades novas
Quero tanto,ouço muito
o gosto,o gesto,eu peço,eu juro
Grito alto,no escuro
é mais forte e mais profundo
Mais inteiro,mais intenso
mais eterno,mais "momento"
mais sincero ou mais lento
faço,como,quero,tento
segunda-feira, 7 de julho de 2008
Clichê

Deixe-me no alto, onde o vento fere o rosto e todo lugar é o lugar errado. Quem ficou do meu lado? Deixe-me no passado, onde poderei me guardar centenas de vezes e abrigar mil fetos e gerar de novo mil Belas Adormecidas que esperarão por mil príncipes encantados e serão mil vezes infelizes. Ou felizes, caso resolvam perder o sono.
São tantos prédios, tantas portas e janelas, quantas coragem, quantas histórias escondidas dentro delas? Eu tenho o céu, não quero ir, insisto em sentir medo antes de partir. Eu tenho o céu e é quase em vão. Porque eu tenho o céu e tenho tanto medo então?
Hesitante, ofegante, eu sou quase um iniciante. Um bom nome de herói em trajes de um mendigo. Porque eu vou me importar em ter algum abrigo? O vento leva, a música embala, a dor se encerra, já fiz as malas. Já fiz as malas.
“Abraça uma nuvem que passa no ar. Beija, brinca e deixa passar.”
Talvez existir seja a desculpa perfeita para percebemos o quanto é bom causar sorrisos, o quando é bom estarmos vivos, o quanto é simples ver o mar e acreditar que há na imensidão a imensidão maior: o amanhã.
Eu aqui, ainda posso voar. Eu já me decidi, não vou mais esperar. Eu aqui, eu não vou mais fugir, breve, quase leve, eu só quero poder fluir. Mesmo descontente por ver esse céu tão cinza, sei que a linha do horizonte esconde outra cor mais linda. Gosto tanto do arco-íris, gosto de ver suas cores o calor do sol e as chuvas formam então sete amores.
A sinceridade, a intensidade, a saudade,o amor e a eternidade. Sim e não.
Quem sabe?
Vanessa Pondez