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domingo, 29 de abril de 2012

Eu, colecionadora de decepções


Eu, colecionadora de decepções
vivo procurando perdões
que eu saiba dar sem me enganar
e dizer sem me magoar

Eu, feita de carne e osso
agora procuro um jeito
de acreditar nos outros
nem que seja só um pouco

Porque não é fácil, não é fácil pra ninguém
saber juntar os pedaços e tentar se sentir bem
sem ficar se lamentando e sem criar trauma
saber rir um riso inteiro depois de quebrar a cara

Às vezes sou avisada e insisto mesmo assim
e então me sinto culpada, predadora de mim
é que quase sempre dou um voto de confiança
sempre fica, lá no fundo, um pouquinho de esperança

E nem sempre vale a pena, mas não vou me condenar
"deixa lá", não tem problema, logo isso vai passar
a única certeza que eu tenho e cura a dor
é que dei o meu melhor, meu melhor eu sempre dou.

2 comentários:

Gustavo disse...

Perfeito, como todos.

Letícia Vasconcelos disse...

engraçado o quanto me identifiquei com o texto!
Parabéns, está lindo!
bjs