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sábado, 1 de maio de 2010

Saudade

Quando não posso te ter diante dos olhos,
desenho o seu nome no movimento dos lábios
sem você nada mais vem,
nem existe a linha do trem
então mais nada pode chegar
nada mais pode me alcançar
Meus pensamentos vem com força como a maré,
que não para, não se cansa e nada mais é
além de sonhos e planos
incerteza e enganos
E assim como vem e vão
as ondas de alegrias e mágoas
o que é bom pego na areia
e o que não serve deixo voltar com as águas
Bem como o futuro é inseguro
Um tiro no escuro seria eu te dizer tudo
então sinto e comigo seguro
ficando em cima do muro
Se eu cair do lado errado
e você não estiver lá
eu derrubo as muralhas do mundo pra voltar e te buscar
Se eu cair do outro lado do muro
e você não souber me encontrar
a culpa vai ser toda minha e então não vou me perdoar
Então guardo e abraço o hoje
pra não perder o agora
desejando o amanhã
lembrando de hora em hora
Então vejo como é arriscado
Eu não sei, você está de que lado?
Se for pra te perder
então nem vou chutar
permaneco em cima do muro
até eu conseguir enxergar
E aí sim, descer
pra poder te elevar
e unir os dois lados
para te completar
E aí sim, dizer
sem ter nenhum receio de errar
que sempre estive do seu lado
mesmo sem poder te mostrar

Um comentário:

Lahirí Galvão disse...

Vanessinha, sempre poesia...
adoro seus pensamento...

Você é única!