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quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Orquídea

(Vanessa Pondé)

Orquídea que nunca soube ser flor
No auge de sua inocência vulgar me cativa
Mas não quer me dar amor
Não tem culpa nem vontade, ou torpor
Traga seu trago, me ofusca com poucos verbos
Traga seu rosto e arranhe o meu gosto
Traga seu jeito, manifesto o meu desejo por meio de gracejos sem graça
Te dou as costas se queres,meu bem,sei que não quer ir além
Fecho as portas se pedes, amor, nunca quis o meu calor
Repouse sua consciência em meu colo, aqui você pode desfalecer sua mente sem se preocupar
Descanse sua alma em meus punhos que o suor da batalha vale a pena por seu ar
Orquídea que nunca soube ser flor
Nunca quis meu calor, orquídea

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Dois nós


(Vanessa Pondé)

Todas as vezes que você quiser partir
Não precisa me avisar, eu simplesmente vou sorrir e concordar
Todas as vezes que você quiser um sim
Nem precisa olhar pra mim, é só seguir adiante, é só ir
E eu não espero satisfações ou desculpas sem nexo
Longos refrões ou paixões e nem sexo
Eu estou longe, muito longe de nós dois
Eram dois nós
A voz voraz, demais. Demais
Mas me deixe em paz

(musica disponível no www.purevolume.com/vanessapondez )

Tango

(Vanessa Pondé)

Não faz mais parte de mim pensar em nós
Não pretendo me iludir mais uma vez
Satisfaz olhar pra trás e rir de ti
Dos deslizes, cicatrizes infantis
Te ganhar, te perder
Versos cansados de serem cantados sem voz alguma
Notas que gritam há horas, imploram e ninguém escuta
Tango e café me fazem lembrar
A canção clichê que fiz pra você
Não tenho fé, nem pretendo ficar
Não quero mesmo te surpreender
Às vezes ser fútil é bem mais racional
E o inútil é bem menos fatal
Prefiro ser vazio e frio agora
Do que chorar se você for embora

Pra te salvar

(Vanessa Pondé)

De todos os dias velhos
O pior foi não mentir
Reconheço a maior falha
Suportar te ver sorrir
Os presentes do passado
Que guardei em algum lugar
Hora efêmero ou inválido
Diz, quem vai me julgar?
Guardo na lembrança historias de memórias tristes
De um tempo que insiste em me torturar
Trago no fundo do peito um antigo apelo
Guardo o seu endereço, mas nunca vou lá
Eu queria só
Só eu vou ficar
Eu queria só
Só eu pra te salvar
Pra te salvar
Eu vou viver
Eu vou, eu vou viver pra te salvar
Eu não uso disfarces, eu só peço que se afaste
Eu não tenho saudades das verdades sórdidas
E de viver pra te salvar
Eu vou, eu vou viver
Pra te salvar